História

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Terra milenária, a povoação de Mamarrosa foi local habitado por celtas e pré-celtas há milhares de anos.


Doada por D. Sancho II, em 15 de Outubro de 1193, a uma comunidade de frades da Ordem de Santa Maria de Rocamador, que vieram na armada dos cruzados normandos para ajudar o Rei na tomada de Silves aos mouros em 1189, a sua raiz toponímica está ligada a monumentos, geralmente de grandes dimensões, com uma forma circular alongada, que serviam de cemitérios no período megalítico. Com a conquista da Península Ibérica pelos romanos, estes baptizaram esses monumentos de mammulas pela sua semelhança com os seios femininos.


Desde o século IX se escreveram em Portugal e em Espanha muitos documentos em que figuravam os termos «mâmoas», nome aglutinado de mammulas. Em documentação do ano 1020 surge a localização de «Mamoa rasa», grafia primitiva da atual Mamarrosa, numa doação feita ao Mosteiro da Vacariça das Vilas de Levira e Lázaro em que Mamarrosa aparece mencionada para identificação das confrontações das referidas Vilas.


"... AD OCCIDENTALE PARTEM, PER UBI DICUNT MAMOARÁSA UBI ..."


De referir que em 1282 a Mamarrosa aparece como terra reguenga, ou seja, pertencente ao Rei. Não foi incluída em nenhuma Carta Foral conhecida.


Administrativamente a Mamarrosa pertenceu, desde remota data, ao concelho de Cantanhede. Isto, naturalmente, porque o Marquês de Marialva era donatário de muitos bens no território desta freguesia. Entre 1792 e 1836 a Mamarrosa constituiu uma pequena freguesia integrada no município de Cantanhede. Em 1836, por decreto de 6 de Novembro, a freguesia de Mamarrosa passou a fazer parte do concelho de Mira.


Em 1853, por decreto de 31 de Dezembro, a freguesia de Mamarrosa foi incluída neste concelho de Oliveira do Bairro. Entretanto, por decreto de 2 de Novembro de 1895, o concelho de Oliveira do Bairro foi suprimido e a Mamarrosa passou para o concelho de Anadia. Por pouco tempo, pois que em 1898, por decreto de 13 de Janeiro, foi restaurado o concelho de Oliveira do Bairro e a ele regressa, definitivamente, a freguesia de Mamarrosa.


Pela lei nº79/2003 de 26 de Agosto é elevada á categoria de vila.

 

 Autor: João Bastos

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